-Coloque a plaquinha...
Era o que a fiscal
costumava falar antes de finalizar o caixa da operadora de um supermercado.
Neste momento a operadora
retirava tudo do caixa e colocava em um malote e era encaminhada para um setor
onde (contava o dinheiro, separava cartões, verificava se estava tudo certo)
para depois ser conferido e fechado junto com a fiscal.
Em meio aos três meses de
experiência eram comuns algumas dificuldades: Procurar 2° via de cartão que não
constava no malote, desenrolar bobina para verificar algo, valor que não estava
batendo e tantas outras.
Fazia parte da rotina, ficar
um bom tempo depois para arrumar tudo isso, afinal de contas o caixa precisava ser
resolvido.
Passado um tempo ela
começou a refletir a respeito:
-Perco muito tempo na
hora de fechar o caixa e acabo chegando em casa muito tarde...
-Será que não tem um
jeito de deixar tudo arrumado antes de chegar à sala de fechamento?
Observação: A regra do
supermercado era que o operador não podia ficar com a gaveta do caixa aberta
para arrumar nada durante o trabalho. Tinha que ficar disponível para os
atendimentos.
Entre um atendimento e outro, ficava
observando a gaveta do caixa fechado até que veio a ideia:
A gaveta do caixa tinha duas
fendas uma do lado da outra que caiam na parte de baixo da bandeja onde
colocava o dinheiro (ainda sim dentro da gaveta). Logo imaginou que podia
utilizar uma fenda para colocar os cartões de crédito e a outra fenda para
colocar os cartões de débito.
O detalhe era que as
fendas já eram utilizadas por elas para colocar cartões, porém não tinham uma
técnica, simplesmente anotavam o valor e colocavam em qualquer uma das
aberturas.
Pensou também em colocar
os cartões de cabeça para baixo, e dessa forma quando fosse tirar os cartões
era só virar o montante que eles já estariam na ordem de atendimento e assim
não precisaria arrumar essa parte.
Depois disso tudo mudou em
sua rotina, foi criando outras formas de colocar o que foi recebido no caixa
sem perder a ordem e o controle de tudo que entrava.
Até que um dia chegou à
sala de fechamento e perguntou à fiscal se já poderia fechar com ela.
Fiscal: - Como assim? Já
está pronta?
Operadora: - Sim
Todas as outras operadoras
olharam abismadas.
Fiscal: - Você não está
ficando com o caixa aberto para arrumar na hora do atendimento não né? Sabe que
não pode...
Operadora: - Sim, sei,
pode ficar olhando pra mim amanhã se quiser e vai ver como que eu faço. Não
fico com a gaveta aberta não.
Fiscal: - Tudo bem...
Quanto ao seu caixa está tudo certo, pode ir.
No outro dia algumas
operadoras começaram a perguntar como ela fazia e também seguiram as técnicas e
a fiscal verificou que a regra continuava sendo cumprida.
Com esta atitude a
operadora ganhou tempo, agilidade e descobriu formas para controlar e organizar
melhor o caixa se tornando referência de boas práticas para as demais colegas
de trabalho.
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Reflexão:
1- Entre as tarefas que
desempenha tem algum documento que recebe com freqüência e que você junta e
depois separa por ordem, registra e depois guarda?
(Em OFF) – Socorro, não
faça isso, parece que já estou vendo pilhas de papel na sua sala esperando um
dia para guardar... (Risos)
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Pense Nisso:
Até quando vai ficar refém desses papéis?
A Prática leva a perfeição? Não. A prática leva a permanência /
T. Harv Eker
E o que você está praticando?
Na história a operadora praticou uma forma de manter seu caixa em
ordem e sempre pronto para ser finalizado. E essa ordem e prontidão
permaneceram no seu trabalho.
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Sugiro que vá praticando pequenas melhorias a cada dia.
Hoje melhor que ontem e é isso que importa.
E agora, o que vai permanecer na sua vida? Ou melhor, na sua
rotina, no seu ambiente?
É você quem escolhe...
Até mais,
~ Claudia Camargo ~
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